Descrição
Assim, o interesse por Marguerite Duras aumenta a cada ano e sua obra é objeto de pesquisas acadêmicas, não somente no âmbito literário, mas também no das comunicações, da psicologia, das relações públicas etc. Dezessete anos após sua morte, lembramo-nos ainda de seu rosto « devastado » e de sua voz rouca e grave, e sua obra polêmica, suas peças teatrais e seu cinema herméticos convidam-nos a refletir. Comprometida com os problemas da mulher, sua voz ultrapassa o movimento feminino e abre-se a questões existenciais do ser humano: o tédio, o vazio, o abandono, a miséria espiritual e material, bem como a liberdade dos costumes, a homossexualidade, o adultério, entre outros. Estes são alguns dos temas tratados, seja pelo viés psicológico, sociológico, seja puramente ficcional. Dentro de uma estética que adentra a pós-modernidade, numa escrita inovadora, Duras reflete sobre a criação, sobre a própria escrita, sobre a arte. Tendo em vista sua escrita hermética, sua palavra extremamente simbólica e poética, consideramos que a publicação de nosso estudo, Marguerite Duras: a trajetória da mulher, desejo infinito, tese apresentada na Universidade de São Paulo (FFLCH) em 2005, sobre os romances do Ciclo da Índia – Le Ravissement de Lol V. Stein, Le Vice-Consul, L’Amour – e Moderato Cantabile poderá servir aos leitores e estudiosos de sua obra, auxiliando-os e ampliando a compreensão da mundividência da autora.
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