Descrição
É essencial para a utopia a exploração do espaço que fica entre as paredes do crânio, explorar as possibilidades da fantasia, sobretudo laterais. Poder errar, poder pensar e pensar o que quiser, pensar e depois despensar, até por capricho. Às vezes pensar em afronta, só para ver onde leva pensar exatamente ao contrário. É bastante óbvia a semelhança entre utopia e sexo. Sade em Cem anos de Sodoma leva ao extremo a imagem de um espaço livre à experimentação. Obsessivamente. Na utopia, como no sexo, procuramos delimitar um espaço e dizer: aqui dentro faço e desfaço, reino livre, criativa e caprichosamente. Essa é uma face escondida do conceito exposto no título do livro de Monteiro Lobato: Reinações de Narizinho. O interior do meu cérebro, no mundo da sexualidade, principalmente, é o meu reino.
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