Descrição
"E Jassytatá, tua irmã, cresceu com o homem branco, e quando mulher tornou-se a mãe de um povo, a que chamam cunhambyra ou caayssara. Teve muitos filhos do homem branco, abjurando-os."
Longe de ser uma claudicante obra literária, a mescla de gêneros oferece ao leitor perspectivas de entendimento e reconhecimento de um tema, contemplando ao mesmo tempo a natureza multifacética do autor e a importância sociológica desse povo caiçara que durante séculos viveu ritmado pela peculiar cadência de sua cultura participativa de subsistência, e desmantelada com as regras mercantilistas implantadas, determinantemente, durante a ditadura do Brasil, em meados do século passado. Com o expansionismo vigente e o desenvolvimentismo industrial, e com a construção da Rodovia Rio-Santos, as famílias caiçaras, até então isoladas em muitos núcleos ao longo do litoral, viram as suas posses legítimas serem divididas entre praia e sertão, ficando assim expostos aos desmandos de políticos, corporações e grileiros, que viam nessa gente gentil e hospitaleira, presas fáceis do capitalismo.
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